Ben Hur, Quinzinho, Vando, Setembrino. Acervo João Décio R dos Santos |
Enviada por: Irene Santos, fotógrafa
Areal da Baronesa legitimo
“território negro “ de Porto Alegre, é a antiga denominação de parte da atual
Cidade Baixa. Até hoje o Areal de antigamente é lembrado pelas muitas casas de religião, por seus
músicos talentosos, pelo animado carnaval de rua na primeira metade do século
20, pelos bares e salões de festas.
Osvaldo Reis, (no livro Colonos & Quilombolas) explica:“Nessa região ficava o Salão do Tareco, primeiro a promover bailes populares para a comunidade...Nas imediações da Praça Garibaldi ficava a sede da Sociedade Nós Os Democratas, que teve forte ação carnavalesca.
No Areal da Baronesa existiu também o Bar da Doca, localizado na Barão do Gravataí. O samba iniciava na sexta-feira às 9 da noite e se estendia até a madrugada da segunda feira. Músicos de indiscutível talento como Paulo Santos, Cauby do Violão,Gogó do Cavaquinho, Bichinho da Seda, Wilson Sarará, Marino do Pandeiro e muitos outros percussionistas e cantores confraternizavam e mostravam suas composições no Bar da Doca.”
Osvaldo Reis, (no livro Colonos & Quilombolas) explica:“Nessa região ficava o Salão do Tareco, primeiro a promover bailes populares para a comunidade...Nas imediações da Praça Garibaldi ficava a sede da Sociedade Nós Os Democratas, que teve forte ação carnavalesca.
No Areal da Baronesa existiu também o Bar da Doca, localizado na Barão do Gravataí. O samba iniciava na sexta-feira às 9 da noite e se estendia até a madrugada da segunda feira. Músicos de indiscutível talento como Paulo Santos, Cauby do Violão,Gogó do Cavaquinho, Bichinho da Seda, Wilson Sarará, Marino do Pandeiro e muitos outros percussionistas e cantores confraternizavam e mostravam suas composições no Bar da Doca.”
O frequentador
que cansava, ainda podia dar uma bicada no sopão
da casa permanentemente renovado ou uma cochilada em algum cantinho ,
embalado pelo samba.
Silvinho Aquino, eficiente griot lembra : “O Carnaval passava aqui na frente. A gente era criança e saia para ver os coretos na Barão(do Gravataí), Baronesa(do Gravataí), Miguel Teixeira, Rua da Margem .... Era bom, a gente sentava na frente de casa, com a porta aberta para ver passarem os blocos . A gente tinha um conhecido, um negro alto e forte, Rui Massa Bruta, que nos três dias de carnaval se vestia de baiana, uma fantasia sensacional e na parte da cabeça ele cada dia fazia com um tipo de fruta.”
Silvinho Aquino, eficiente griot lembra : “O Carnaval passava aqui na frente. A gente era criança e saia para ver os coretos na Barão(do Gravataí), Baronesa(do Gravataí), Miguel Teixeira, Rua da Margem .... Era bom, a gente sentava na frente de casa, com a porta aberta para ver passarem os blocos . A gente tinha um conhecido, um negro alto e forte, Rui Massa Bruta, que nos três dias de carnaval se vestia de baiana, uma fantasia sensacional e na parte da cabeça ele cada dia fazia com um tipo de fruta.”
Heitor
Carlos Garcia (no livro Fragmentos Históricos
do Carnaval de Porto Alegre) observa: “A primeira impressão que se tem ao
passar pelo Areal da Baronesa é a carga energeticamente positiva contida
naquelas ruas... um local que está impregnado com o espírito de toda aquela
gente carnavalesca que ali viveu, do surgimento de vários e vários grupos e
blocos e dos muitos coretos que o “progresso” derrubou mas não matou.”
É
bem assim. Quem passa hoje no Areal ainda sente a energia que o torna um lugar
especial na cidade. A música de outros tempos, de outras memórias ainda parece
que paira no ar. E que de vez em quando se materializa em eventos como o Samba
e Sarau no Areal que vai rolar nesta antevéspera do carnaval, dia 7 de fevereiro, no
Boteko do Caninha (Barão do Gravataí esquina Múcio Teixeira) a partir das 20h. Os organizadores convidam: A entrada é franca, a participação é
livre. O microfone estará aberto. Venha e traga seu poema, seu instrumento, sua
composição, sua voz...
Toda a semelhança com os velhos tempos não é coincidência é DNA.
*Fotos dos Acervos de João Décio R dos Santos, Vera Daisy Barcellos, Osvaldo Reis
Prima,so faltaram os nomes dos quatro amigos,os imortais,Ben Hur,Quinzinho,Vando,Setembrino. Eu só os conheci no carnaval de 1955,no Satelite Prontidão. Eu vestia roupa de malandro com parafina no cabelo Jamais me esquecerei deste carnaval.
ResponderExcluirObrigada Primo. Está corrigido.
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