Jayme Moreira da Silva (foto : Irene Santos) |
É povoada por antigos moradores que circulam atarefados, ansiosos pelo final da tarde, quando após o trabalho diário, podem se dedicar a preparar a próxima festa do Carnaval. Desde o último sábado, dia 25 de janeiro, existe mais um habitante vivendo nesse bairro.
O nosso querido griot JAYME MOREIRA DA SILVA mudou-se de vez para o Órun. Ele que costumava contar que "da Primavera às Cinzas, tudo era festa na Colônia Africana".
O nosso querido griot JAYME MOREIRA DA SILVA mudou-se de vez para o Órun. Ele que costumava contar que "da Primavera às Cinzas, tudo era festa na Colônia Africana".
Vista da Colonia por volta de 1915 |
Seu Jayme devia ir de vez em quando visitar sua querida Colônia. Dava para perceber quando se conversava com ele... quando seu olhar se iluminava contando sobre a preparação das festas de verão, sobre os bailes no salão Modelo, sobre o carnaval de rua, sobre a Liga da Canela Preta, sobre os jogos no Campo do Pólo, sobre as matinês nos cinemas Baltimore e Rio Branco . Seu Jayme sempre acentuava que, ao contrário do que costumava alardear a imprensa da época, "a Colônia Africana era um território de gente trabalhadora, honesta, correta e que estudava".
Nascido em 1915, cumpriu sua missão de griot e agora voltou para casa.
Ensinou cada um de nós a não abdicar de protagonizar a nossa história. E que o bem maior a transmitir às novas gerações é a alegria e o orgulho pela nossa origem africana e pela cultura desenvolvida e aperfeiçoada em terra brasileira.
Muito obrigada, Seu Jayme, por iluminar com tanta competência o caminho da busca às nossas origens!
E bom Carnaval por aí, Seu Jayme!
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