quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Não dá para não participar


Enviada por: Irene Santos, fotógrafa

No dia da Consciência Negra, 20 de novembro do ano passado, a ministra Marta Suplicy,  da Cultura, numa atitude iluminada,  lançou editais direcionados a criadores e produtores culturais negros. Demorou ,mas parece que agora a elite brasileira começa a perceber que a melhor história dos negros é  a que é contada pelos próprios. Como a melhor demonstração de arte negra é  a apresentada pelos negros. E por aí vai...

Claro que apareceu a turma “do contra”, reclamando da suposta discriminação, aconselhando os negros a não aceitarem a “humilhação” de participar de um edital racista (?). Mais claro, ainda, é que esse tipo de opinião vem de gente que nunca sentiu no couro o significado do tripé racismo, preconceito, discriminação,  onipresente na democracia cordial brasileira.
Marta Suplicy se explicou: "É para negros serem prestigiados na criação, e não apenas na temática. É para premiar o criador negro, seja como ator, seja como diretor ou como dançarino. Não é racismo."
Emanoel Araújo, criador do Museu Afro-Brasil/SP encerrou a falsa polêmica: "A iniciativa é uma posição política muito bem-vinda. Do jeito que está [a cultura], o Brasil parece a Dinamarca. Na TV, o negro sempre aparece é na posição de empregado ou de chacota. É de um lado o lado branco chiquérrimo e o do outro o escravo ou ex-escravo."
Voltando  à porta entreaberta, aí vai o link para acessar os editais:
Aqui na cidade, reforçando a ação afirmativa do ministério, está sendo organizado um cadastro de produtores e criadores negros.
 A representante do Minc/RS, Margarete Moraes ( margarete.moraes@cultura.gov.br), generosamente disponibilizou seu endereço eletrônico para que lhe sejam enviados os currículos dos criadores e  produtores negros .
Não dá para não participar!

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