Enviada por: Irene Santos, fotógrafa
No dia da Consciência Negra,
20 de novembro do ano passado, a ministra Marta Suplicy, da Cultura, numa atitude iluminada, lançou editais direcionados a criadores e
produtores culturais negros. Demorou ,mas parece que agora a elite brasileira
começa a perceber que a melhor história dos negros é a que é contada pelos próprios. Como a melhor
demonstração de arte negra é a
apresentada pelos negros. E por aí vai...
Claro que
apareceu a turma “do contra”, reclamando da suposta discriminação, aconselhando
os negros a não aceitarem a “humilhação” de participar de um edital racista (?).
Mais claro, ainda, é que esse tipo de
opinião vem de gente que nunca sentiu no couro o significado do tripé racismo, preconceito, discriminação, onipresente na democracia cordial
brasileira.
Marta Suplicy se explicou: "É para negros serem prestigiados na
criação, e não apenas na temática. É para premiar o criador negro, seja como
ator, seja como diretor ou como dançarino. Não é racismo."
Emanoel Araújo, criador do
Museu Afro-Brasil/SP encerrou a falsa polêmica: "A iniciativa é uma posição
política muito bem-vinda. Do jeito que está [a cultura], o Brasil parece a
Dinamarca. Na TV, o negro sempre aparece é na posição de empregado ou de
chacota. É de um lado o lado branco chiquérrimo e o do outro o escravo ou ex-escravo."
Voltando à porta
entreaberta, aí vai o link para acessar os editais:
Aqui na cidade, reforçando a ação afirmativa do ministério,
está sendo organizado um cadastro de produtores e criadores negros.
A representante
do Minc/RS, Margarete Moraes ( margarete.moraes@cultura.gov.br), generosamente
disponibilizou seu endereço eletrônico para que lhe sejam enviados os currículos dos
criadores e produtores negros .
Não dá para não participar!
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