Enviado por Osvaldo F Reis, advogado e pesquisador
O ano de 2013 no panteão afro-gaúcho
é regido por Xangô junto com suas esposas: Obá, Iansã/Oiá e Oxum. Em Porto
Alegre viveu a Iyalórixa Diolinda: Sàngó Óòní (CIÇA OYÓ, 2012:138) ou Mãe
Deolinda: “Shangô Lo-mi” (BOREL, 1997:13), pela sua importância era conhecida
pelo nome do seu Orixá.
Histórias sobre o Sángó Òní ainda são contadas por muitas pessoas
que a conheceram no começo da religião na Capital.Ela deu
sequencia à tradição de Óòní trazida da África pelos descendentes da Nação Òyó. Foi
Iyalórixa na época da repressão militar que, no início do século 20, costumava usar a força bruta para invadir os terreiros ou quartos de Santo, para interromper ou impedir a prática dos rituais. Iyá
Diolinda colocava um alguidar de barro com brasa no meio do salão e mandava
deixar as portas abertas à espera da polícia montada. Quando os brigadianos chegavam com os cavalos até a porta, não
conseguiam passar: muitas vezes os cavalos relinchavam e derrubavam os cavaleiros . Conta-se também que o Sàngó Óòní, em dias de festas, quando visitava este mundo
usando o corpo físico de Mãe Diolinda, gostava muito quando estava chovia.
Então ele ia para a porta do salão e estendendo as mãos da Mãe, puxava e aparava os raios das tempestades (referência:CIÇA OYÓ, 2012:138).
A importância da Sángó Óòní é tão
significativa que, passados mais de cinquenta anos de seu desaparecimento, seu nome ainda é lembrado ligado ao seu Orixá.
Kaô kabecilê !!!
Daqui do Ceará, saudamos a essência de Sángó Óòní. Adorei saber dela. Kaô kabecilê, meu pai!!!
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